No dia 24 de abril de 2013, uma tragédia terrível marcou a história da moda: o edifício Rana Plaza, em Daca, Bangladesh, desabou e deixou 1.100 mortos e 2.500 feridos. O prédio abrigava confecções de grandes marcas do mundo inteiro em situações precárias de trabalho e estrutura. 

Depois desse e outros episódios preocupantes na indústria da moda, as designers Orsola de Castro e Carry Somers criaram a Fashion Revolution. Um movimento para mobilizar e mudar a consciência das pessoas sobre a moda e seu consumo. 

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O “Fashion Rovolution Day”, ou Dia da Revolução da Moda em português, deu início na Inglaterra, mas ganhou espaço e se tornou uma semana inteira de ações educacionais sobre os problemas socioambientais da indústria. Hoje, a Fashion Revolution Week está presente em mais de 100 países - incluindo o Brasil.

Por aqui, o movimento chegou em 2014 com Fernanda Simon, atual diretora do Instituto Fashion Revolution Brasil. A ideia veio depois de uma viagem a Londres e, assim, ela estruturou uma equipe para começar as ações do movimento no país.

 

Quem fez minhas roupas?

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A pergunta “quem fez minhas roupas?” direciona o movimento e nos desafia a olhar para a indústria da moda de uma forma mais plural, ética, justa e sustentável. No site da organização, eles definem a questão como:

(...) uma porta aberta para a criação de uma percepção social, coletiva e por vezes individual, sobre as mudanças urgentes e necessárias em todo o sistema – não apenas da moda, mas também na política, economia, cultura, meio-ambiente e relações humanas. O exercício de sempre perguntar ‘quem fez minhas roupas’ desenvolve uma conexão com nossa consciência: quando prestamos atenção na pergunta percebemos que existe um ‘quem’ antes do ‘roupas’, e aí reside o principal: vidas estão por trás do que vestimos.

Além disso, esse é um desafio de pensar no próximo antes de realizar alguma compra. Por trás de preços baixos e fora da realidade, há pessoas que estão pagando um preço alto de outras formas e, se acreditamos em uma moda justa e sustentável, não podemos financiar tal prática. 

São diversas as trabalhadoras e trabalhadores da moda desagraciados pela exploração através da escravidão moderna.

O movimento também alerta que pautas em prol da justiça e da sustentabilidade não podem ser transformadas em lucro e investimentos vazios. Essas preocupações não devem ficar apenas nos discursos - precisam ser práticas, viáveis e constantes. 

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Para saber mais sobre o manifesto e ficar por dentro das ações do movimento no Brasil e no mundo, acompanhe as redes sociais (@fash_rev_brasil e @fash_rev) e seu site oficial. Seu apoio para uma moda mais justa e sustentável é muito importante, gaten 🤍