É muito comum nos compararmos. Seja nas redes sociais, nas festas, nos restaurantes, na rua, na vida profissional… Mas, apesar de ser comum, nem sempre é saudável. 

Claro que não é culpa sua essa comparação nada saudável e autodepreciativa. Então, entenda que é natural nós agirmos assim por conta de uma construção pessoal e social e é isso que vamos analisar neste artigo. 

 

Fomos ensinada a não gostarmos de nós mesmas

A representatividade é algo super comentado atualmente, mas não foi sempre assim. Mesmo que ainda estejamos longe do ideal, é bem mais comum vermos belezas plurais nos meios de comunicação, produções de cinema e afins. Mas o que a representatividade interfere na minha autoimagem?

Antes de conseguirmos ver pluralidade em produções como filmes, novelas e propagandas, era muito normal as pessoas e personagens envolvidos terem um padrão. Na maior parte das vezes o padrão eram pessoas brancas, magras, de olhos claros e cabelos lisos. 

Por estarmos muito expostas a isso, começamos a criar um conceito do que era belo através desse padrão. Então, apenas quem estava dentro dele era considerado bonito, suficiente e aceito. E quem não fazia parte, tinha que correr atrás para tentar chegar pelo menos perto disso. 

É assim que o estrago começa. Para tentar se encaixar nesse padrão, fazemos loucuras para emagrecer, alisamos o cabelo, usamos e fazemos coisas que não gostamos e que não nos representam.  

E é claro que é normal nós querermos mudar algumas coisas em nós, para podermos nos sentirmos melhor. Porém, é uma linha muito tênue entre você querer fazer aquilo por você e querer fazer para se encaixar em algum padrão. 

 

Por que querer fazer parte do padrão é perigoso?

O fato é que somos únicos, cada um com seu jeitinho e aparência. Você pode ser parecido com fulana, com um parente, com seu irmão gêmeo - mas você é única e exclusiva

Isso quer dizer que nem você nem ninguém vai alcançar o padrão, porque ninguém de fato faz parte dele e ele sequer existe. Mesmo aquela atriz super famosa e maravilhosa, tem suas questões de autoestima e autoimagem e quer alcançar algo além do que ela é. Ou seja, para que tanto esforço em querer alcançar algo inalcançável? Isso tudo vai gerar outras inseguranças, como, por exemplo, a frustração, distorção de imagem e autodepreciação. 

 

Por isso o autoconhecimento é tão importante

O autoconhecimento pode ser libertador. Saber suas necessidades e conseguir filtrar melhor o que vai agregar ou te atrapalhar é essencial para ter uma autoestima e autoimagem mais coerente. 

Quando você se conhece melhor, pode compreender mais das suas motivações e entender quais delas são necessidades ou apenas uma frustração momentânea. Então, sempre que estiver insatisfeita com algo relacionado às suas capacidades e ao seu físico, faça o exercício de analisar melhor a situação antes de tomar alguma atitude precipitada.

 

Sua aparência não te define

Magra demais, gorda demais, alta demais, baixa demais… mas para quem? Seu corpo é apenas uma parte do que você é e das coisas que você viveu - e, o mais importante, ele não diz respeito a ninguém além de você! 

Faça o exercício de autoafirmação. Nós sempre podemos procurar melhorar e nos sentir melhor, mas é essencial não esquecermos de quem nós somos e como isso nos torna especiais. As mudanças são frequentes na vida, mas elas não significam que todo o resto não valeu a pena.

Além disso, lembre-se de se colocar em primeiro lugar. Se sinta bonita para você. Arrume seu cabelo para você. Se maquie para você. Assim, todo o resto vai ficar muito mais fácil!

 

Filtre as opiniões alheias

Temos pessoas muito importantes na nossa vida, que nos ajudam a tomar decisões e sempre consideramos as opiniões delas. Porém, é preciso saber filtrar as afirmações alheias - vindo de pessoas próximas ou não. 

Se você está se sentindo maravilhosa com sua roupa nova, mas alguém te diz o contrário, considere o que você acha primeiro. Dicas sempre são bem vindas: “porque você não usa com um cinto?” ou “que tal uma terceira peça diferente?”. Mas, se a visão vier com tom de crítica e sem nenhuma consideração válida, filtre muito bem antes de absorver aquilo como verdade.

Como falamos ali em cima, todas somos únicas e exclusivas. Valorize cada detalhezinho que faz você ser quem você é e aprecie essa exclusividade!

 

Consuma conteúdos que te façam bem

Além da representatividade ser importante, siga pessoas e consuma conteúdo que agreguem no seu bem-estar. Desapegue dos assuntos e ideias que te façam duvidar do seu valor e autoestima. 

As redes sociais tomam um espaço grande no nosso dia-a-dia, mas você pode escolher o que você quer ver por ali. Então, escolha com sabedoria.

 

E por fim, mude seu foco

Esbanje a alegria que é ser você! Ao invés de se olhar no espelho para encontrar defeitos, mude o foco para as coisas que você gosta em si mesma.

Afirme as características que você mais ama. Vista roupas que façam você se sentir linda. Se arrume mesmo que seja para ir no mercadinho da esquina. Crie uma rotina de autocuidado que te faça sentir valorizada e cuidada.

Tudo isso é uma questão de perspectiva e é bom demais quando conseguimos nos olhar do melhor jeito possível. E, para finalizar, VOCÊ É INCRÍVEL, MARAVILHOSA E LINDONA! 

 

 

26/08/2022

Mylena Freire